Uma violenta manifestação em Roma orquestrada pelo partido nacionalista de extrema direita Força Nova contra o chamado passaporte verde da Covid-19 deu mais munição a políticos e sindicatos em sua cruzada para dissolver a legenda criada no fim da década de 1990 e tachada de neofacista.
Dois de seus líderes -- Roberto Fiore e Giuliano Castellino -- acabaram presos nos protestos de sábado, quando a sede da confederação sindical CGIL foi saqueada e um hospital, invadido pelos manifestantes.
O argumento para proibir o partido, que levanta bandeiras da homofobia, do antissemitismo e da xenofobia, se fortaleceu.
O Partido Democrata (PD), de centro-esquerda, apresentará uma moção no Parlamento pedindo a dissolução do Força Nova, invocando a Lei Scelba, de 1952, que proíbe a reconstrução de partidos inspirados na ideologia fascista.
“Os confrontos violentos nos levam de volta aos momentos mais sombrios e dramáticos de nossa história e são um ataque extremamente sério e inaceitável à democracia”, resumiu a ex-ministra de Educação Valeria Fedeli, senadora pelo PD.
Durante a pandemia do novo coronavírus, que castigou severamente o país, com mais 130 mil mortes, os líderes da Força Nova aproveitaram para elevar o nível dos confrontos, articulando protestos contra o lockdown e a vacinação.
Fonte:G1 Mundo